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segunda-feira, 25 de junho de 2012


Desânimo às segundas-feiras pode ser sinal
de que você está na profissão errada.

Uma pesquisa feita em maio pelo Instituto Datafolha constatou que 25% dos brasileiros ainda trabalham insatisfeitos. "Há uma grande parcela que precisa aceitar atividades que estão disponíveis por não ter oportunidade de atuar em outras áreas", afirma José Roberto Leite, chefe do Setor de Medicina Comportamental do departamento de Psicobiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Por isso, para alguns profissionais, encarar a segunda-feira ainda é um drama. "Tem gente que já começa a sofrer no domingo e acha que não vai suportar mais uma semana", diz a "leader coach" Mirian Zacarelli, diretora da KMZ Consultoria e Eventos.

Os especialistas confirmam que quem não faz o que gosta tende a desenvolver sintomas de estresse crônico. "Irritabilidade, cansaço, tristeza, apatia, ansiedade, quadros agressivos e até um estado de humor depressivo", exemplifica Leite. Para Renato Grinberg, diretor geral do site Trabalhando.com, a quantidade de problemas de saúde pode ser um sinal de que a pessoa não está feliz profissionalmente. "A doença acaba sendo usada como fuga, ou seja, uma maneira de a pessoa ficar longe daquele ambiente que tanto a incomoda", diz.

É claro que toda profissão tem altos e baixos. E ninguém precisa estar sempre bem disposto e satisfeito com tudo. "Estar na profissão errada é não ser apaixonado por aquilo que faz. O importante é conseguir, apesar dos dias ruins e das frustrações, olhar para o espelho e dizer ‘estou satisfeito’”, explica Vitor Sampaio, psicólogo clínico. Segundo ele, quem faz o que gosta enxerga o futuro com perspectiva, ao contrário daquele que fica de olho no relógio, contando os minutos para encerrar o expediente. 

Dá para mudar
Para Grinberg, estar na profissão errada é um dos principais motivos para o insucesso na carreira. "Por isso, ao detectar o problema, é importante fazer uma avaliação para saber se é a profissão ou o ambiente atual que incomodam, o chefe e até mesmo a função que lhe foi atribuída". Em alguns casos, uma readequação já é capaz de provocar motivação. No entanto, se o rumo tomado realmente não tem nada a ver com a sua vocação, é melhor preparar um cronograma. "Não adianta 'chutar o balde'. É melhor ir devagar e pesquisar quais recursos serão necessários para essa mudança", afirma Mirian.


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