11 empresários de sucesso contam seus piores erros
na administração dos negócios
na administração dos negócios
Os bons também
erram. A afirmativa é comprovada por 11 empresários bem sucedidos em seus
respectivos negócios que, em comum, guardam lembranças e ensinamentos dos erros
que cometeram na administração de suas empresas. Da sociedade que não funciona
ao fornecedor que não entrega o pedido conforme o combinado, eles contam como a
falta de foco no empreendimento pode gerar transtornos quase irreversíveis.
Confira a história desses empreendedores que erraram, mas perceberam suas
falhas à tempo de não fechar as portas.
:: Pedro Chiamulera
e Bernardo Lustosa (ClearSale)
A falta de foco e a
gestão desorganizada fizeram com que as boas ideias do empresário Pedro
Chiamulera não atingissem todo seu potencial. Com as contas atrasadas e sem se
preocupar em motivar os funcionários, 23 dos 25 empregados deixaram a empresa e
ele quase quebrou.
:: Walter Mancini
(Famiglia Mancini)
O piano-bar Camarim
37 é considerado pelo próprio empresário um negócio que não funciona mais. 'As
pessoas estão preocupadas com a saúde, não querem mais sair só para beber,
especialmente quando o público é maduro', avalia.
:: Sebastião Rosa
(Imaginarium)
Durante um período
curto de tempo, a empresa perdeu o foco e aventurou-se em outros segmentos.
'Investimos em bem-estar, qualidade de vida e na época não estávamos
preparados, o mercado não estava preparado', conta o empresário. Curiosamente,
Rosa diz enxergar hoje em dia novas oportunidades no setor.
:: Rodrigo Oliveira
(Mocotó, restaurante)
Ao deixar os funcionários cumprirem uma jornada exaustiva e manter a mão de obra informal, o Mocotó viu sua equipe cometer mais erros e quase perdeu pessoas importantes para o negócio. Para não comprometer o atendimento e profissionalizar a gestão, registrou 54 empregados e mudou a política de benefícios da casa.
:: Domingues
Freitas (Pizza D)
Freitas fez questão
de desenvolver uma massa diferente para sua pizza. No início, porém, algumas
ficavam ressecadas, algo que ele só percebeu após pedir a opinião dos clientes.
'Todos achavam a massa muito diferente', conta. O jeito foi voltar para a cozinha,
realizar testes e modificar alguns detalhes da receita até encontrar o ponto
ideal para consumo.
:: Celso Abrahão
(Esfiha Juventus)
Justamente abdicar
de consultar os clientes durante tanto tempo. 'Fazíamos a coisa do nosso
jeito', comenta Celso Abrahão. As pessoas tinham que enfrentar uma fila imensa
na porta do restaurante só porque a empresa resistia a adotar o sistema delivery.
:: Matthieu e
Bénédicte (Futon Company)
Os sócios não
planejaram a expansão das vendas para todo o País. Por isso, enfrentaram
problemas de logística e perderam mercadorias danificadas que não resistiam ao
transporte. Para corrigir o erro, criaram processos e passaram a entregar
apenas algumas peças para fora do estado. Eles ainda tiveram dificuldades para
treinar vendedores de outras localidades, que não sabiam transmitir o conceito
do produto.
:: Priscila
Callegari (Cia Mao)
Apostar em apenas uma fábrica para produzir seus calçados trouxe prejuízos para Priscila. A primeira encomenda resultou em 350 pares de sapatos fora do formato adequado. Não teve jeito, precisou refazer o pedido para um novo fornecedor. Outro erro foi abrir a primeira loja em uma pequena vila. 'No Brasil, escolher bem o ponto de venda é fundamental', afirma.
:: Pascoal Ianonni
(Flexform)
Trabalhar mais de
16 horas por dia fez o empresário ficar doente, se afastar da empresa e adiar o
plano de expansão. O cansaço também fez Pascoal ficar improdutivo. 'O corpo
precisa de equilíbrio para funcionar bem.'
:: Roberta Caruso
(Overland)
Começar um negócio
promissor, mas com muitos sócios (eram três). De acordo com a empresária, como
a Overland crescia a passos lentos, o retorno financeiro não vinha. E isso
gerava conflitos e frustrações. Assumir a empresa sozinha foi a solução
encontrada por Roberta.
:: Marcos Di Cunto
Júnior (Di Cunto, alimentação)
A tradicional empresa demorou para
perceber a importância de ter indicadores internos que permitiriam aos donos
acompanhar o que acontecia em seu segmento de atuação. 'Não olhar para fora e
ver o que estava acontecendo fez com que a gente ficasse alguns passos atrás',
relata Marcos Júnior.
Fonte da matéria: Jornal O Estado de São Paulo
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